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Expografia
Gilberto Mendes 100

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Expografia para exposição comemorativa dos 100 anos de nascimento de Gilberto Mendes

Ano: 2022
Local: Sesc Santos - Santos/ SP - Brasil
Área: 380m2
Projeto: Carmela Rocha, Beatriz Hoyos, Sofia Gava e Paula Thyse 
Curadoria: Lorenzo Mammi
Consultoria de Conteúdo: Lívio Tragtenberg
Design Gráfico: Mayumi Okoyama
Iluminação: Camila Jordão
Montagem Fina: Manuseio
Produção: Prata Produções
Produção executiva: Valéria Prata
Coordenação de Produção: Marcos Farinha
Montagem: Asia Estandes
Projetos de Engenharia: Jarreta Projetos
Consultoria Acústica: Miguel Galindo

Para traduzir em expografia a obra e a vida de Gilberto Mendes, deparamo-nos com algumas questões marcantes, que nortearam as escolhas arquitetônicas: como chegar a uma expografia que dialogue com e ajude a narrar sua história, mas não seja nem neutra e nem eloquente demais? Quais materiais e elementos compositivos deveriam ser trazidos para o espaço, levando-se em consideração questões como o significado e a simbologia que carregam para o ambiente expositivo? Ao mesmo tempo, como pensar uma espacialidade que criasse um percurso narrativo ajudando o público a melhor se apropriar do conteúdo e, simultaneamente, fosse interessante em termos acústicos? Enfim, qual a forma adequada dessa expografia?
Nesse sentido, a riqueza e a complexidade da obra de Gilberto Mendes, por um lado, e a busca pela simplicidade e comunicabilidade, por outro, levou-nos a imaginar Gilberto como uma espécie de arquipélago. Um arquipélago que expressa os variados aspectos de sua produção, e cujas ilhas interligadas separam parcialmente cada um dos temas propostos pela curadoria, quais sejam: Teatro musical, Cinema, Santos, Santos Futebol Music e Poesia concreta e Música Nova.  Para garantir unidade à exposição, propôs-se a criação de um mar uniforme no entorno das ilhas – onde a persona de Gilberto transparece por meio de fotos e entrevistas com o músico. Apostou-se numa implantação aberta ao público, convidativa e em diálogo com o edifício. A cor vermelha salta aos olhos, recortando a exposição e dialogando com o concreto aparente do edifício existente e o uso de espuma acústica externamente e carpete internamente ditam a visualidade da exposição ao mesmo tempo que  ajudam no controle acústico. 
Há uma aposta nas curvas como forma que organiza sem separar, atribuindo continuidade no espaço e criando enquadramentos multifocais. A forma curva também possui uma função acústica, uma vez que controla a reverberação do som ao mesmo tempo em que o centraliza. Em oposição à abstração da forma proposta para o espaço, para os elementos e suportes expositivos, foram elencadas referências dos cinemas e objetos do universo da música, compondo uma camada figurativa e simbólica da expografia em diálogo com aspectos e referências fundantes da obra de Gilberto Mendes.

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