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Expografia
Lélia em nós: festas populares e amefricanidade

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Exposição Lélia em nós: festas populares e amefricanidade

Ano: 2024

Local: Sesc Vila Mariana - São Paulo

Expografia: Carmela Rocha e Sofia Gava

Projetos complementares: Jarreta projetos
Idealização: Boitempo, Ivana Jinkings
Curadoria Glaucea Helena e Raquel Barreto
Assistência de projeto: Gabryella Roque
Colaboração na montagem: Mirella Schena
Comunicação visual @estudiodao
Iluminação: Danielle Meirelles 
Montagem: cenografiacatanduva
Produção Pink Pineapple_producoes
Montagem fina Gala
Acessibilidade: Mais Diferencas
Assistência de curadoria: Vinícius
Realização: Sesc SP e Sesc Vila Mariana
 

A expografia partiu de um mergulho na obra de Lélia, na iconografia das festas populares e de um entendimento junto a curadoria da melhor forma de organizar o universo de Lélia a partir dos 5 eixos curatoriais levantados pela curadoria. Por se tratar de um espaço de passagem, onde existe a necessidade de algum controle, propõe-se um invólucro que abraça a exposição, porém que, por sua materialidade - renda translúcida e um pouco transparente - torna-se um convite a adentrar, como um chamariz que revela parte, chamando atenção para o que tem dentro. 

A espacialidade apresentada configura-se como um catavento que demarca uma circularidade sem tornar-se óbvia. Dentro do invólucro, pensou-se em um núcleo central, de onde emana, em direção aos outros quatro espaços/ núcleos, a Beleza Negra, nome dado ao Núcleo 04. Prevê-se um percurso não linear , de modo a privilegiar os diferentes acessos do espaço, podendo o visitante iniciar o percurso em qualquer um dos lados, sem que perca o entendimento do todo. Desse modo, no acesso pela frente do edifício, está posicionado o nucelo 01 (Festas populares afro-brasileiras); em frente a entrada do elevador, com um recuo grande e convidativo, posicionou-se o núcleo 02 (Racismo e sexismo na cultura brasileira), na entrada pelo lado do espaço de convivência da unidade, posicionou-se o núcleo 05, com obras comissionadas para a exposição, (De Palmares às escolas de samba, estamos aí) ; e ao fundo, com uma parede laranja que chama ao deslocamento, posicionou-se o núcleo 03 (Pele negra, máscaras negras). As estruturas dos painéis são metálicas e modulares de modo a facilitar a montagem e remontagem, com chapas parafusadas por dentro. O laranja aparece como cor na parede do fundo e nos interiores dos painéis, como uma pele de cor que deixa o branco para fora, para ressaltar as obras, mas que dá o caráter do projeto. A iconografia adotada nas estruturas do painel, desenhos triangulares inspirados nas bandeirinhas utilizadas em muitas festas, tocam no chão ligeiramente, elevando os painéis e deixando o espaço mais leve. Os painéis de comunicação, também sanduíches coloridos dentro, são pendurados e com pesos de chumbo para evitar o balanço, novamente demarcando a leveza desejada, sem encostar no chão. As obras se acomodam nos espaços criando a narrativa desejada pela curadoria, porém estão integradas pelas transparências criadas entre os núcleos.

Um viva à Lélia!

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