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Expografia
Sidney Amaral: uma aproximação
Expografia para individual do artista: Viver até o fim que me cabe. Sidney Amaral: uma aproximação
Ano: 2022
Local: Sesc Belenzinho - São Paulo/ SP - Brasil
Área: 350m2
Projeto: Carmela Rocha, Gava e Paula Thyse
Curadoria: Claudinei Roberto da Silva
Design Gráfico: Estúdio Entremeio
Iluminação: Daniele Meireles
Montagem Fina: M Renee arte e montagem
Produção: Contabile Produções (Cristiane Santos e Regiane Rykovsky
Produção executiva: Valéria Prata
Coordenação de Produção: Marcos Farinha
Montagem: Asia Estandes
A expografia para receber as obras de Sidney Amaral precisava ser representativa e dialogar com o universo criado pelo artista. Deveria também ajudar no diálogo das obras com o público. Precisava reinventar cânones, transformar o banal e representar a dubiedade de sua obra em que delicadeza conversa e se confronta com a aspereza da realidade, muitas vezes com a agressividade do mundo.
Para tal, propôs-se uma espacialidade em camadas com peles diversas que conforme se adentra o espaço expositivo vão se transformando e se apresentando - da cor, lisa, carnal, quase barroca, passando pela pureza e acolhimento da madeira para chegar ao cimento - material cru, neutro, cotidiano, mas que ganha um novo caráter ao ser fundo para essa obra tão potente. Assim como, em muitas obras do artista, o objeto do cotidiano se ressignifica ao ser pintado de dourado ou feito em bronze, a estrutura crua, redesenhada e trazida para dentro de da instituição cultural, da galeria, se transforma e ressignifica como material.
Apesar da materialidade mais crua, a leveza desejada da expografia se dá por vãos abertos e, principalmente, pela elevação das vedações das paredes, deixando ver-se as estruturas e ao mesmo tempo tornando-as flutuantes e muito finas, já que ancoradas na estrutura superior do edifício.
A espacialidade propõe eixos e perspectivas marcadas, criando simetrias, centralidades, se apropriando e transformando paradigmas ocidentais, tais como a perspectiva renascentista, a tipologia das basílicas: a sacralidade reinventada.
O distanciamento grande entre as obras permite uma relação do público mais direta com cada uma delas individualmente, uma maior espiritualidade na fruição com espaço para respiros, vazios, reflexões.